At-Tambur
16 Junho 2003
A partir do ciclo de espectáculos "Os CantAutores" - surgiu um disco que regista o génio destes concertos, centrados no repertório talvez menos conhecido de três grandes nomes da música de intervenção no nosso país: Fausto, José Afonso e Sérgio Godinho.
Foi em 2001 que a d'Orfeu, uma associação cultural de Águeda, arrancou com um ciclo de espectáculos dedicados às obras de três cantautores marcantes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Afonso e Fausto - um ciclo de espectáculos que percorreu o país em várias dezenas de apresentações, servindo para construir a maturidade musical que se pode encontrar neste registo discográfico.
Para o disco, foram reunidas algumas peças musicais dos espectáculos, que ao vivo, fizeram referência a temas menos conhecidos das carreiras deste autores, onde a palavra assume um papel central - como, de resto, era próprio da música de intervenção, sobretudo nos períodos de combate social e político. Muitos dos textos destas peças escondem os segundos sentidos de uma sociedade em contestação e silenciosa.
Este trabalho, produzido pela d'Orfeu, marca também toda uma nova geração de promotores culturais no nosso país, que - através destes movimentos associativos - realizam projectos de uma enorme qualidade e dignidade técnica e artística. A d'Orfeu, com esta e outras iniciativas entretanto realizadas, leva a fundo esta nova função de produzir resultados de grande relevância cultural - onde o público aflui em grande número - fazendo crer que a música popular portuguesa pode voltar a sê-lo.
Este disco e o espectáculo ficarão na história da música feita em Portugal - neste caso, por revisitar de forma exímia o lado alternativo das carreiras de nomes próximos da música de intervenção, que estavam - por muitas razões - mais distantes destas novas gerações de público; os quais a d'Orfeu, agilmente, tem vindo a conquistar - primeiro em Águeda e depois por muitos pontos do país.
O disco CantAutores funciona também como uma espécie de alusão à capacidade de uma nova geração se reconciliar com o seu futuro cultural, sabendo reconhecer no passado alguns dos maiores valores dessa cultura e sabendo construir os alicerces que contrapõem o "pão e circo" popular de novos-ricos.
Este disco, pela sua beleza e sobretudo pelos seus múltiplos significados, é um dos mais importantes acontecimentos da história recente da música portuguesa.
Foi em 2001 que a d'Orfeu, uma associação cultural de Águeda, arrancou com um ciclo de espectáculos dedicados às obras de três cantautores marcantes da música portuguesa: Sérgio Godinho, José Afonso e Fausto - um ciclo de espectáculos que percorreu o país em várias dezenas de apresentações, servindo para construir a maturidade musical que se pode encontrar neste registo discográfico.
Para o disco, foram reunidas algumas peças musicais dos espectáculos, que ao vivo, fizeram referência a temas menos conhecidos das carreiras deste autores, onde a palavra assume um papel central - como, de resto, era próprio da música de intervenção, sobretudo nos períodos de combate social e político. Muitos dos textos destas peças escondem os segundos sentidos de uma sociedade em contestação e silenciosa.
Este trabalho, produzido pela d'Orfeu, marca também toda uma nova geração de promotores culturais no nosso país, que - através destes movimentos associativos - realizam projectos de uma enorme qualidade e dignidade técnica e artística. A d'Orfeu, com esta e outras iniciativas entretanto realizadas, leva a fundo esta nova função de produzir resultados de grande relevância cultural - onde o público aflui em grande número - fazendo crer que a música popular portuguesa pode voltar a sê-lo.
Este disco e o espectáculo ficarão na história da música feita em Portugal - neste caso, por revisitar de forma exímia o lado alternativo das carreiras de nomes próximos da música de intervenção, que estavam - por muitas razões - mais distantes destas novas gerações de público; os quais a d'Orfeu, agilmente, tem vindo a conquistar - primeiro em Águeda e depois por muitos pontos do país.
O disco CantAutores funciona também como uma espécie de alusão à capacidade de uma nova geração se reconciliar com o seu futuro cultural, sabendo reconhecer no passado alguns dos maiores valores dessa cultura e sabendo construir os alicerces que contrapõem o "pão e circo" popular de novos-ricos.
Este disco, pela sua beleza e sobretudo pelos seus múltiplos significados, é um dos mais importantes acontecimentos da história recente da música portuguesa.